Primeiramente, é preciso compreender que o futuro não é algo que “virá”, descolado do presente. O futuro está sendo construído agora, neste exato minuto, e você é parte desta obra de transformação.
Houve um tempo em que o futuro era imaginado como uma fantasia de tecnologias exóticas, com teletransporte e carros voadores. É o que hoje chamamos de retro-futurismo.
Quem viveu a época das viagens à Lua, acreditou que o ano 2000 (18 anos no passado) teria aquele jeito do desenho animado Os Jetsons, produzido originalmente entre 1962 e 1963.
As ficções antigas, no entanto, poucas vezes imaginaram a revolução da tecnologia da informação, que efetivamente alterou o modo de se adquirir conhecimento, de se fazer negócios e de constituir relações sociais.
Mas, e hoje? O que efetivamente está mudando? Sobre quais trilhos devemos seguir para nos mantermos atualizados?
Vamos lançar um olhar sobre a experiência do nosso país, acompanhada com atenção e método pelos profissionais do Instituto Locomotiva.
Mesmo com todos os problemas derivados das políticas públicas, os brasileiros estão mais escolarizados. Um adulto médio tem 2,6 anos de estudo a mais do que na década de 1990.
Pessoas que estudam mais tendem a ser mais exigentes, a comparar preços e produtos, a zelar por seus direitos.
A integração tecnológica é uma realidade. Estão eletronicamente conectadas largas parcelas dos mais velhos, dos menos escolarizados e até daqueles pertencentes aos estratos economicamente menos favorecidos.
De 2008 para 2016, a penetração da internet no Brasil cresceu de 39% para 69%.
O processo de empoderamento feminino é uma realidade. Em 20 anos dobrou o número de lares chefiados por mulheres, cresceu 131% o número de mulheres com carteira assinada e o share feminino na massa de renda passou de 33% para 40%.
Mudou até mesmo o comportamento. Já não se aceita a objetificação da mulher. E a velha cantada, desde sempre sem graça, já não é tolerada.
Há muito mais veteranos. Hoje, um quarto da população brasileira tem 50 anos ou mais. E a maior parte está por aí, fazendo acontecer.
Até 2050, estima-se que o número de idosos no país irá praticamente dobrar. Serão 98 milhões!
Para completar o quinteto de matrizes da mudança, convém notar que a lógica da posse está sendo substituída pela lógica do acesso. É nesse contexto que prospera a economia compartilhada.
Para que comprar um carro caríssimo se é possível chamar o Uber? De que vale adquirir um DVD se é possível assinar a Netflix ou assistir pelo Youtube? Para que construir uma casa no litoral se, por meio do Airbnb, é possível habitar a residência dos outros em diferentes praias?
Estes são alguns dos trilhos que desenham a rota das grandes transformações na aventura humana.
Preste atenção, pois o porvir já não é como era antigamente. E você precisa atualizar conceitos e condutas se quiser embarcar no trem da magia futura.
Afinal, a teoria, na prática, funciona!
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